O gosto pelas histórias

 

Leitura – O gosto pelas histórias

 

Algo comum, entre os vários povos da terra, é o gosto pelas histórias. Parece que todo mundo gosta e sempre gostou de inventar, modificar, contar e ouvir histórias. As histórias abordam os mais variados assuntos. Explicam a origem da humanidade, como se deu a criação do céu e da terra, quais as diferenças entre o homem e a mulher... Essas histórias podem ser verdadeiras ou inventadas.   

Histórias são narrativas, isto é, contam uma série de ações que se passam em diferentes lugares e em diferentes épocas. Existem várias maneiras de se fazer uma narrativa. Algumas são feitas na forma de poemas, em versos, outras em prosa. Há narrativas longas, como romances, ou curtinhas, como piadas. Algumas têm muitos diálogos, outras são contadas de uma vez só, como num diário de viagem. Algumas são construídas para parecerem verdadeiras como as notícias de jornal, outras já mostram, desde o começo, que são inventadas, como as que começam assim: “Era uma vez num reino muito distante...”   

Antes de inventarem a escrita, os homens já gostavam de contar histórias. Os desenhos gravados por nossos antepassados no interior de cavernas são, às vezes, interpretados como relatando cenas de caça ou de guerra. Essas seriam as primeiras histórias escritas de que temos notícia.   

Dos desenhos nas cavernas aos blogs de hoje, o caso é que – com perdão do trocadilho – histórias têm uma longa história na cultura humana. E exatamente porque são tão importantes chegaram à escola, e lá convivem com a poesia, com o teatro e com vários textos que passam pela sala de aula.   [...]

Disponível em: <http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2005/nl/meio.htm (Adaptado) 

 

 

Depois da leitura do texto acima, responda, no caderno:

 

 1.Você gosta de ouvir, ler ou contar histórias? Por quê?

 


2. Todas as histórias que lemos ou ouvimos são verdadeiras? Explique:


 

3. Existem vários tipos de histórias – de amor, de aventuras, de humor, de suspense, de ficção científica, relatos da vida real e outras. Quais tipos de história você prefere? Por quê?

 


4. Muitas histórias são transformadas em filmes. Cite um filme cuja história tenha chamado sua atenção e diga por quê:

 


5. Quando crianças, costumamos ouvir ou ler várias histórias. Escreva, com suas palavras, uma dessas histórias que você leu ou ouviu em sua infância:

6. Há canções que contam uma história. Vamos ouvir uma dessas canções:

Eduardo e Mônica

Quem um dia irá dizer
Que não existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir

Festa estranha, com gente esquisita
Eu não tô legal, não aguento mais birita
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
É quase duas, eu vou me ferrar

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram, então, no Parque da Cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus

Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol de botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação

[...]

Composição: Renato Russo

Disponível em: https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/22497/

 




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